Thursday, December 13, 2007
Pareço radical, eu sei, e sou mesmo. Acredito na vida agora, não nesse futuro idealizado por alguém que tem a visão humana de um dia alcançar um sistema perfeito, humanamente perfeito.
Tuesday, November 13, 2007
Sunday, November 11, 2007
"Sou fraca, safada, sofrida e não minto pra mim"
"Deixe-me ir,
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
ouvir os pássaros cantar
eu quero nascer
quero viver
Deixe-me ir,
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Se alguém por mim preguntar
Diga que eu só vou voltar
quando eu me encontrar"
Friday, October 26, 2007
Entrevistas de emprego x amor pelo trabalho
Mas ontem, pela primeira vez ouvi uma pessoa dizer:
- Olha, não é bem uma entrevista, porque não sei entrevistar ninguém.
e respondi:
- Ótimo, porque também não sei dar respostas a essas perguntas todas.
E assim nos acertamos.
Friday, October 05, 2007
Garçonete em Toronto
Monday, October 01, 2007
Friday, September 21, 2007
Nem o sexo, nem o cheiro, nem o passo, ou qualquer gesto,
Nem a voz, nem o tempeiro, nem o olhar...
Será que acontece de amar sem se saber?
Sem conhecer a personalidade, sem saber quem há de ser?
Vai ser alguém? Um apaixonado por arte e por história, por música,
por lazer? Dedicado ao trabalho? Estudioso? Vai gostar de ler?
Pode se amar assim? Incondicionalmente? Sem se saber?
Thursday, August 30, 2007
Não à ignorância na hora das cantadas!
"Que saúde! Deus conserve, viu? Lôrão!"
Fiquei refletindo sobre essa frase por algum tempo. Como vocês sabem, quando o assunto envolve deus e seus mistérios acabo sempre filosofando. Sei que é uma simples cantada, mas quero, através desse texto, mostrar como se transforma um 'elogio', ou sei lá como podemos chama-lo, em um pensamento filosófico existencialista.
Bom, a questão que me intrigou foi "Deus conserve"... fiquei pensando nessa frase com absoluta profundidade e entendo que, se deus é esse ser que todos dizem, que criou a vida e a morte, a noite e o dia, a natureza e toda sua essência, criou a física, a química e a biologia. Criou norte, sul, leste, oeste, enfim... Se é desse deus que ele fala, então não entendo... Não me entra na cabeça tal frase, porque acredito que deus pode fazer de tudo, menos conservar coisas e pessoas. Se a vida é constante transformação, mudança a todo momento, "nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia", então, ao meu ver, querido galanteador, você não entende nada de deus, nada da natureza e nada da efemeridade da vida. E como se diz por aí, às vezes não prestamos atenção no que falamos e no quão infundadas são nossas frases.
Monday, August 20, 2007
A vida pensando consigo...
Friday, July 27, 2007
Desafeto
* A sitação em parênteses é do livro Todos os Nomes do Saramago.
Friday, July 06, 2007
Que nome dar?
Pensou em voltar para o barco, mas já era tarde, o barco estava distante, ele se distraiu nadando. Foi então que teve que dar braçadas em meio a ondas gigantescas, o barco cada vez mais longe. Pelo menos ele tinha um colete salva-vidas. A tempestade fez o céu escurecer mais cedo, e ele perdeu o barquinho de vista. Tentou nadar para o litoral, desesperadamente, sua angústia aumentava, engoliu água, estava tudo escuro, teve fobia. Ondas e mais ondas, agora não conseguia dar grandes braçadas, estava esgotado, exausto.
Então abriu os olhos, agora já não tinha mais nada... nada de ondas, de água, de barco, de escuridão, nem o colete estava com ele, só a dor que aumentara. Aquela dor que nos aprisiona desde o primeiro dia de vida e que, gradualmente, aumenta no peito. Dor cruel, laciva, impossível de não doer. A dor de perder.
Thursday, June 28, 2007
- Ele tem namorada...
Ela nem ligou, tava a fim e beijou.
- O compromisso não é meu...
Um belo dia ela estava ficando com um cara, ele era amigo do primo dela, o primo dela é gay, de repente ela solta:
- Cara, você é gay?
Claro, ele ficou magoadíssimo, ela até chorou depois de vergonha. Mas se explicou com ele e são bons amigos agora. Mas o mais louco nessa menina é a espontaneidade... É, acho que é essa a palavra...
Todo mundo chapado e ela diz:
- Vou ali dar um mijão!
O pessoal continua chapado e ela:
- campeonato de arrotooooo!!! Quem começa? Ninguém se habilita? Eu começo então!
Assim, ela não é vulgar, ela é legal, mas tem uma coisa que é só dela e não liga se alguém não gostar.
Sunday, June 24, 2007
- Ei, gente, quê isso! Papai Noel não existe... Mas coelhinho da páscoa... Ah, esse existe!
Pode não parecer, mas é uma discussão profundíssima!
Wednesday, June 13, 2007
O Devagar e o Súbito
Tocava com atenção, muita atenção, nota a nota, não errava uma, nenhuma lhe passava desapercebida. Ao tocar não se lembrava do passado e nem se importava com o futuro. Era apenas a vida, ela e o piano. Nota a nota, não o "do, re, do, re", mas tocava clássicos e mais clássicos, difíceis, aqueles que mexem com a alma, Bethoven, Bach, Mozart.
Não queria e nem poderia pensar naquele momento, mas no fundo sabia que se a morte viesse devagar tudo seria mais fácil. Nem era só a morte física que lhe incomodava, ela também sentia a morte que não parece morte, daquilo que não volta mais. Se tudo morresse devagar, se tudo morresse devagar, seria mais fácil. Entretanto aquela inesperada, aquela súbita, isso matava aos poucos, e era o que ela não queria para si. Que contradição, embora soubesse que morrer devagar doía menos aos outros, sabia que doía mais a si mesma. Seria egoísmo, e por isso não queria pensar naquilo, "morte lenta às coisas e pessoas, morte súbita para mim". Por esse motivo se calava e sentava ao piano, dedilhava, esquecia as pessoas, as coisas e suas mortes.
Sunday, June 03, 2007
Friday, May 25, 2007
Insuportável
Saturday, May 19, 2007
Pornografia na Rua Ceará.
Bom, tomou seu banho como de costume e foi aprender a dirigir. Assim que entrou no carro o instrutor falou:
- Prazer em conhecê-la! Mas nossa, você é bonita! O Gustavo disse que não era...
- Ele disse isso?
E fez a aula com tanto ódio e pensando em matar o Gustavo! "Como assim, fala pros outros que a namorada é feia? Se sou feia, por que namora comigo? Ah, mas ele me paga, vou brigar demais". E assim foi, nem prestou atenção na aula, só queria saber de brigar com o namorado.
Bom, sei que eles brigaram muito e ela foi pro salão. Fez um penteado e uma maquiagem e ficou esperando o Gustavo chegar pra eles irem pra festa. Acontece que ele combinou de chegar 9 da noite e só apareceu quase 11. Ela já estava com ódio mortal, estava com vontade de dormir, mas o penteado a atrapalhava, pensou em tirar o vestido e tomar um banho, mas resolveu esperar e esperar e esperar.
Enfim ele chegou e foram pra festa discutindo, aos berros, mas com certa classe pra não estragar a maquiagem e o vestido. Ao chegarem na festa ficaram entre os amigos, era um apagando fogo daqui, outro de lá. "Ele não queria dizer que você é feia, você não é feia, ele só não queria fazer propaganda", dizia um amigo. Mas ela estava resistente, queria brigar, queria chamar a atenção do namorado de qualquer maneira. Bom, não resolveram a questão na festa, mas ela bebeu bastante, tomou um porre de uísque importado. Ele voltou dirigindo e ela começou a fazer charminho:
- Ai, estou passando mal, acho que bebi demais.
- Passando mal?
- É, estou mal, acho que vou vomitar
Era tudo mentira, mas Gustavo tinha acabado de ganhar o carro dos pais, dizem por aí que brasileiro é apaixonado por carro. Faltava um quarteirão para deixar Patrícia em casa, mas ele desesperou, ela ia vomitar no carro dele. Entraram na rua Ceará, ele deu uma freiada brusca, saiu do carro, e ela sem entender nada:
- Quê isso Gustavo?
Ele abriu a porta do passageiro.
- Você vai me deixar aqui na rua? - disse assustada.
- Ponha as pernas e a cabeça pra fora! Você tem que vomitar.
- O quê?
- Fica quieta, menina, você está falando demais!
- Eu que falo demais?
E aumentaram o volume da voz...
- Vou enfiar o dedo e você não tira!
- Não quero!
- Vou enfiar!
- Tá doendo!
- Mas é pro seu bem, vou enfiar, não tira!
- Não quero, Gustavo!
De repente, na casa da esquina, uma janela se entreabre, só uma gretinha, e eles escutam a voz rouca de uma velhinha:
- Seeeeeuuuussss pornográficos! Não vê que a menina não quer?
(Qualquer semelhança com a realidade é mera realidade mesmo.)
Thursday, May 17, 2007
É uma pena!
- Ah! Complicado... Eu acho difícil separar um casal. – diz ela.
- Que nada! Quando é assim, quando a mulher dá entrada, se você quiser, basta fazer o que ele não faz.
- Será?
- Claro!
- Mas você e sua ex não rola mais nada?
- Ela quer voltar... uma pena, não dá, estou mesmo apaixonado. Só que a outra não quer nada comigo... Também, daqui uns dias vou deixar de vê-la.
- Por quê?
- Digamos que ela é da sala...
- Ah, já tinha percebido...
- Né?
Então ela chegou, eles faziam o trabalho tranquilamente. A outra pensando nos dois: "será que daria certo? Será que ela largaria seu namorado do interior pra ficar com ele? Ela tem a boca tão gostosa... boquinha linda, sempre reparei... Ele está olhando pra boquinha dela, descaradamente. Ela nem percebe! Ou será que finge? Eu não posso olhar, ai que inveja"
E ele solta um suspiro e diz:
- É... é uma pena...
- Uma pena...
Wednesday, May 16, 2007
Friday, May 11, 2007
Maio, Maio, Maio
É maio em Belo Horizonte, maio, maio, maio é
Feito frio vento voarei, maio
Filmes rápidos, plágios sonharei
Sempre dispenso a esperança
Contente com a lentidão de um lugar
Que a ventania deste mês sacoleja, modifica e lança
É maio
Maio, maio, maio, maio é
Maio
Sonho sonho sonho sonharei
Talvez um monstro em maio me assuste
Porém o tempo, o devorador
Já sabe que sou em quem o degusta
Maio
E me
Sento
No chão
Olho para a Serra do Curral
Sem nem
Lembrar
Quem foi que num verão cruel
Veio, passo a passo
E seqüestrou meu coração
Mas não levou o céu
Que avisto aqui do chão
* Composição Maio, Maio, Maio de João Bosco/ Antônio Cícero / Waly Salomão. Descaradamente adaptada por Raquel para caber à realidade de Belo Horizonte.
Friday, May 04, 2007
Musiquinhas que meu pai cantava pra mim.
E o japonês tacou cigarro no chão
A japonesa começou a reclamar
E o japonês pôs a mão no cinturão
E disse então
- Kataí, Kataí, Kataí, Katá, Kataí, Kataí, Kata, Kata, já
- Tumimanda katá, tumimanda katá, japão, kataítu, kitukitakou no chão!"
Tinha uma que ele perguntava e eu respondia:
"- Menina, tu tá comendo vridro?
- Não pai, tô chupano é preda d'água"
E tinha a introdução do hino nacional:
"Laranja da china, laranja da china, laranja da Chi-na
Abacate, limão doce e tangerina
Quando eu morrer, quero uma cova bem funda
pro tatu não beliscar a minha bunda"
'Tinha aquela clássica também:
"Papai, eu quero me casar!
- ô minha filha, você diga com quem.
- Eu quero me casar com o leiteiro.
- ô minha filha, você não casa bem.
- Por que, papai?
- O leiteiro tira o leite da vaca, e depois vai tirar docê também"
E eu amava essas musiquinhas!
Tuesday, April 24, 2007
Felicidade tem cura!
Moça 1: Nossa, mas isso é sério!
Moça 2: Não é? hahahaahahhaha!!!!
Moça1: Sim, mas você não disse que ia ao médico?
Moça2: Eu fui!!! Hahahahahaha!!!
Moça1: e aí?
Moça2: Ele me perguntou qual era o problema! hahahahahhaa! E eu disse que o problema era esse!!! hahahahaha Falei: doutor, não consigo parar de rir hahahaha!
Moça1: e o que ele disse?
Moça2: Ele disse que isso não era um problema. hahahahaha, falou que era porque eu era feliz hahahahah! Mas agora estou preocupada, hahahahahha, tenho que parar com isso hahahahaha!!!
Sunday, April 22, 2007
Defeitinhos de personalidade
Mas apesar de todo o egoísmo, gosto de meus amigos, mas muitas vezes não procuro. Quando a vida toma rumo diferente, na maioria das vezes, sumo. Simplesmente esqueço que aquela pessoa existiu. Não é por maldade, às vezes lembro dela com certa saudade. Mas é que não sou muito de sentir saudade, não sou muito de forçar as coisas. Família? Ah... família! Ninguém merece! Família pra mim é mãe, pai e irmã... O resto eu trato com carinho, mas não fico o tempo todo querendo saber o que estão fazendo. Ainda mais porque eles se metem demais, querem saber demais, e eu não gosto de dar muita satisfação.
Agora, quem não ligar pra esses meus defeitinhos, pode ser meu amigo. A maioria das minhas amigas dizem que sou louca, mas continuam minhas amigas, porque apesar dessa rabugisse toda, eu sou até legal. Só não gosto de discutir política e covardias ou crimes no mundo, acho perda de tempo.
Wednesday, April 18, 2007
Não procurei entender
Sunday, April 01, 2007
Marina
Eu tinha ciúme de Escalor, ele a roubava de mim. Ela conversava com ele em noites de lua cheia, quando se formava aquele arco de luz em torno da lua, ele estava lá, e eu também, mas Marina não me via, só via a lua e seu amigo.
Marina tinha os cabelos dourados, compridos, olhos verdes. Eu morena, cabelo cacheado, cabelo e olhos castanhos. E todos diziam para ela não se pintar, que já era bonita com o que Deus lhe deu. E era mesmo.
Tuesday, March 27, 2007
Um final feliz na medida do possível
Mas tem uma coisa que é pior que ser ruim nos jogos, é ser alto(a). A família do meu pai é toda alta, eu sou alta e sempre tinha um idiota pra dizer: "nossa, você joga voley? Não? Está perdendo seu tempo. Você joga basquete então? Também não? Nossa! Alta desse jeito e não aproveita. Se eu tivesse seu tamanho e sua idade!!!". Acredito que o Rodrigone tenha passado por isso também, ou estou enganada? Tenho um primo que tem 2 metros, sempre que a gente saía juntos eu ouvia pelo menos uma anta lhe perguntar isso.
Bom, mas o que aconteceu comigo foi o seguinte: começaram a me colocar no gol, eu até gostava de ser goleira, mas o duro era tomar frango. Mas foi na mesma época que eu comecei a treinar Ninjutsu, então aprendi algumas coisas sobre equilíbrio e concentração. Foi aí que consegui me destacar um pouco, virei a goleira da turma, fazia altas defesas e destronquei o dedo da mão direita várias vezes pra defender bolas mais fortes. Bom, mas hoje isso passou e ninguém mais se lembra, nem eu mesmo me lembrava direito.
Wednesday, March 21, 2007
Tive você na mão, agora tenho um jogo de botão
Ela sem ele é só melancolia, chora, se sente só, sem amigos, sem companhia.
Ele? Não sabe viver sem ela, acostumou-se, também não quer enxergar essa possibilidade.
Ele chora, ela volta, ela chora, ele se vai.
E tudo que ela pensou, tudo que sonhou, que disse, tudo virou pó. A grande revolução, a grande mudança, não saiu do papel.
E agora ela, sozinha, procura entender seus sentimentos, procura se conhecer, mas talvez o medo seja esse mesmo.
Em algum lugar bem guardado...
Então me recordei do sonho que tive essa noite, em que íamos tirar uma foto de família, ele estava na minha frente, virava-se pra trás e me dava vários beijinhos na boca. Mas enquanto ele fazia isso, todos estavam prestando atenção na foto e não viam a gente, e a gente se beijava e ria da situação. O rosto dele tampava o meu, eu não iria aparecer na foto. E, mesmo sendo em meio a várias pessoas, a gente estava se beijando escondido. Mas escondido do quê? De quem? A foto era de família, mas eu não era da família.
Bom, como dizem por aí, você sonha porque reprimiu aquilo. A sociedade não aceita certos tipos de conduta, então você as reprime. Viram sonhos.
Agora que escrevo consigo ver quase que claramente o significado desse sonho. E é tão assustador pra mim que não consigo escrever no blog. O que posso dizer é que ontem me lembrei de várias histórias que se passaram comigo e com uma amiga, que é prima desse cara que sonhei. E que algo que eu não sentia há tempos, que na verdade eu nem me lembrava de ter sentido, voltou. Estranho, muito estranho.
Aos mais íntimos eu conto depois.
Saturday, March 17, 2007
O que me mata
O efeito estufa
muito menos o cascata
Mas o efeito sanfona
Esse sim me mata!
Monday, March 12, 2007
Rua Rio das Mortes, 666
Tuesday, March 06, 2007
A morte é parte importante da vida
- Vou embora hoje!
Ele repetiu essa frase duas vezes ontem. Sabia que ia morrer e que ia ser naquele dia. Quando a morte vem assim, avisada, aos 97 anos de idade, é tão bela, tão bela, talvez mais que um nascimento. É muito fácil sorrir quando alguém nasce, mas pra mim era difícil não sorrir ontem, ele transcendeu! Se iluminou! Como eu não poderia sorrir? Nunca tinha presenciado uma morte assim, de alguém que não tem o mínimo medo de morrer.
Ouvi meu pai dizer que ele descansou. Mas pelo que conheço de meu avô, a última coisa que ele vai querer é descansar, porque ele viveu tão bem cada momento de sua vida que não se cansou, ele era um jovem brincando de envelhecer.
Monday, March 05, 2007
Loucuras por amor?
Uma vez, há um bom tempo atrás, eu estava num churrasco. Não conhecia quase ninguém e fui apresentada a um monte de pessoas. Porém, tinha um casal daquele tipo alternativo: cabeludos, roupas largadas, tatuagens, sandálias rasteirinhas de couro. Não me foram apresentados, eles estavam longe, mas onde eu ia, percebia que o cara estava me olhando, até que fui ao banheiro e tinha fila pra entrar. Como era na casa de um amigo, só tinha um banheiro. Foi nesse momento que um ser me cutuca, olho pra trás e era ele, o "cara que tinha namorada".
- Oi tudo bom, meu nome é Renato.
- Tudo bem e você?
E começamos a conversar. Não deram 30 segundos e a namorada já estava lá. Ela se apresentou pra mim e já foi entrando na conversa. Jogou seu corpo na frente do corpo do namorado e o fez abraçar sua cintura. Então eu perguntei quanto tempo eles tinham de namoro, mas era mais pra dizer "fique tranquila, querida, não estou paquerando seu namorado". Então ela respondeu, porém não lembro a resposta, e em seguida me disse:
- Ele é o amor da minha vida, fiz até uma tatuagem com o nome dele, quando chegar sua vez eu entro com você no banheiro e te mostro. - não preciso dizer que a tatuagem era num lugar estratégico.
Nesse momento, em que ela me falava isso, ele me olhava com aquela cara de reprovação como quem diz: "o quê que eu posso fazer?". E como eu sou má, me dirigi a ele e perguntei:
-E você, tatuou o nome dela também?
- Não!
- Que pena, achei tão romântico. (6)
E é realmente romântico, por isso às vezes temos que questionar o romantismo. Isso é amor ou é posse?
Sunday, March 04, 2007
Eclipse Lunar
Aproveitando o eclipse lunar, resolvi fuçar nas minhas antigas anotações. Lembrei que há muito tempo eu tinha escrito uma poesia que citava esse evento da natureza. Se acharem muito fraca a poesia, levem em consideração que eu devia ter uns 18 anos quando escrevi.
Eclipse Total
O eclipse aqui é total
Pode-se ver as estrelas no céu, meu bem
Eu queria arrancar a raiz do mal
E queria te arrancar daí também
Se eu pudesse estar aí
Junto com você, estaria
Tudo seria diferente, sei
Mas era o que eu mais queria
Dias e noites são iguais
E a vida anda assim
Às vezes rápida demais
E noutras uma angústia em mim
O que será que você faz agora?
Hoje sonhei com você
Sonhei que estava na cidade onde você mora
Eu te procurava, mas não achei
Wednesday, February 28, 2007
Friday, February 23, 2007
Wednesday, February 14, 2007
Infinito Particular
Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro, o meu quilate
Vem cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui e não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta-bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Monday, February 12, 2007
Seu Agenor, véio de guerra
Os médicos desconfiam de um tumor no estômago. Mas seja o que for, tem uma hora que a gente tem que ir embora mesmo.
Ele é uma peça rara. Outro dia o encontrei, ele estava deitado, agora quase sempre está deitado no sofá. A moça que toma conta dele fala:
- Seu Agenor, hoje é sábado e você tomou banho na quinta. Vamos tomar um banho?
- Hein??? Banho??? Não, eu só tomo uma vez no mês.
- Credo seu Agenor!
- Só tomo banho dia 1º.
- Mas hoje é dia primeiro.
- Hein?
- MAS HOJE É DIA PRIMEIROOO
- Ah é? Sei...
- Vamos tomar banho?
- Depois...
Sempre na teimosia...
- Hoje é aniversário de quem? - pergunta seu Agenor
- Hoje é Natal, vô. - respondo
- Natarrr?? - e olha pro relógio de pulso que já está parado há tempos...
- Nunca vi Natar em março. *desdém
_________
- Nós estamos em dois mir?
- D-O-I-S M-I-L E S-E-T-E! - respondem pausadamente pro velhinho ouvir
- hein? 2007?
- é, vô!
- Uai, eu sou de nove, tô com 97!!
- é isso aí
- Mas sabe que eu não me acho velho...
_________
- Hoje é aniversário de quem?
- é seu, vô!
- Meu? Nós estamos em dois mir??
- Não vô, 2009!
- Uai, tô fazendo 100 anos!
- Isso vô!!! Parabéns!!! Ae gente, vamos cantar parabéns pro Vô Genor que tá fazendo 100 anos!!!
- AEEEEEEEEEEEE!!!!!!!!
__________
O bom do Alzheimer é isso... ele já fez 100 anos uma pancada de vez, se morrer antes, pelo menos comemorou! E vocês tem que ver como ele fica feliz quando a gente fala que ele chegou ao centenário!!!
Sunday, February 11, 2007
Dia de luz, festa do sol e falta de paciência!!!
Thursday, February 08, 2007
Blá Blá Blá
Ontem uma amiga me chama pra almoçar. Estava ela, duas amigas e eu. Adivinha que assunto surgiu? Big Bosta novamente! Não é possível, boiei mais uma vez, disse que não assistia. Uma delas falou: nossa, não perco de forma alguma. Como se esse programa fosse algo muito útil na vida dela, que ela não conseguisse viver sem.
Aí eu me pergunto: que sociedade é essa? Agora entendo o tanto de gente que conheço suicidando, essa vida anda sem sentido demais pra eles.
Depois de tudo o papo pulou pro fim da novela! Aí foi dureza! Novela ou BBB??? A morte era melhor!
Tuesday, February 06, 2007
Amigos que lêem a nossa alma.
Sei que cheguei, fui tomar um banho e me arrumar pra sair. Tinha o aniversário de uma amiga numa boate. Estava cansada da viagem, mas acho que estava mais cansada ainda da vida que andava levando. Chegando lá, uma grande amiga minha, Carol, me perguntou como eu estava, viu que eu estava diferente. Era difícil olhar no olho dela, parecia que ela estava me vendo por dentro. Me perguntava o que eu tinha, o que tinha acontecido e eu respondia que estava cansada da viagem, mas não era verdade.
Ontem nos encontramos, eu, nos meus últimos momentos da minha vida passada, no meio dessa estranha transição e ela, que não parava de me olhar de forma diferente. Até que, estávamos conversando, eu contei a triste história da minha vizinha que morreu essa semana, na minha frente. Essa história fez com que eu visse que o que eu tenho que enfrentar são coisas da vida. Mas que eu não posso continuar como estou. Aí eu disse a ela que tinha outras coisas também e que eu estava em crise. Segue abaixo o resto do diálogo:
Carol: eu sei que você está em crise, percebi.
Eu: Mas hoje até que estou bem. O que você acha?
Carol: Acho que você está fazendo um tremendo esforço pra ficar bem.
Eu: Filha da puta! Como que você sabe disso?!
E demos algumas gargalhadas.
Thursday, February 01, 2007
E assim ela se foi, nem de mim se despediu
Ver partir dói. Mata um pouco a gente. Tinha que fazer uma homenagem a uma pessoa que sempre torceu por mim. Amiga, alegre, quase mãe. Me lembrarei dos segredos, das histórias, de todo o sofrimento. Me lembrarei de você com carinho. Quase sogra também.
Tantas coisas compartilhadas... Mas você adoeceu, eu cuidando muito da minha vida, nem percebi você partir. Você deu sinais, eu não quis ver. Mas é isso, não sentirei culpa, a vida é assim, às vezes nos afastamos das pessoas amigas, por um motivo ou outro. Mesmo que esse motivo seja falta de interesse, e mesmo que eu me exponha muito dizendo uma coisa dessas.
Quero apenas dizer que foi um prazer tê-la como amiga e vizinha.
Wednesday, January 31, 2007
Pecado é lhe deixar de molho
Falados os segredos calam
E as ondas devoram léguas
Vou lhe botar num altar
Na certeza de não apressar o mundo
Não vou divulgar
Só do meu coração para o seu
Pecado é lhe deixar de molho
E isso lhe deixa louco
Não, eu não vou me zangar
Eu não vou lhe xingar
Lhe mandar embora
Eu vou me curvar
Ao tamanho desse amor
Só o amor sabe os seus
Não, eu não vou me vingar
Se você fez questão
De vagar o mundo
Não vou descuidar
Vou lembrar como é bom
E ao amor me render
Assim sem mais
Mas acontece que eu resolvi viver, aí dançou tudo. Agora eu quero outra vida e não é fácil largar tudo e ir embora. Mas, me analisando melhor, vejo que eu sempre fui assim. Quando eu vejo que não há mais perspectivas, vou embora, com uma mão na frente e outra atrás. Será por que que sou assim? Eu poderia ser mais amena, ir fazendo as coisas aos poucos, mas, sinceramente, não consigo.
"Por que é que não consigo viver feito os demais
Entre álbuns de família, bens, trens, mobília e paz?
Por que é que eu preciso partir
Assim, sem mais?
Quem me dirá,
por que,
por que é que não consigo viver feito os demais?"
Sunday, January 28, 2007
Juro que tentei
http://help.blogger.com/bin/answer.py?answer=41427&topic=8920
Mas mesmo assim eu não consegui... até tentei, mas não apareceu nada. Será a cor do cabelo? =(
Saturday, January 27, 2007
Minha via sacra pelas religiões afora até chegar ao ateísmo - parte 3 - Paqueras na porta da Igreja
Eu e Juliana, nessa época, éramos como unha e carne. Eu acordava e já ligava pra ela perguntando o que íamos fazer. Andávamos a cavalo, íamos ao clube, passeávamos pela cidade... Um dia ela me chamou pra ir na casa de uns amigos, a gente ia passar lá e depois andar de bicicleta. Quando cheguei lá me encantei pelo amigo dela, que devia ter minha idade mais ou menos. Eu me lembro que ele tinha um cabelo comprido e que tocava violão, mas não lembro seu nome.
Então passeamos o dia todo de bicicleta, fomos nuns sítios mais distantes da cidade. Quando cheguei em casa minha avó estava doida atrás de mim. Deve ter me passado um sermão, não me lembro. A única coisa que eu queria mesmo era saber quando eu encontraria novamente o tal garoto. No dia seguinte era domingo, passei o dia com a Ju, quando deu, mais ou menos, 5 horas da tarde, a mãe da Ju falou pra gente arrumar pra missa. Fiquei meio horrorizada... Missa??? Eu não assistia missa desde que meu avô tinha me levado àquela maldita missa do dia das crianças. Então eu disse à Gisela que eu não costumava ir à missa. E ela disse que era importante.
Foi quando a Ju me deu o toque:
- Missa é legal porque os meninos da cidade vão, a gente fica na porta e pode ficar paquerando...
Aí eu fiquei super feliz, queria escolher uma roupa legal e ir. Enfim ia ver o tal gatinho. Chegando lá, ficamos na porta, e chegaram umas amigas e amigos dela. Ela me apresentava e dizia, quando não estavam olhando, quem era quem: esse é filho do fulano, aquela é vagabunda, fica com todos, aquele ali é o mais gato da cidade, e seguia naquela fofoca. Enquanto isso nada do garoto aparecer. Eu ia embora no dia seguinte. A tal missa, que nem assisti, acabou. E fomos sair, porque todos da nossa idade iam numa sorveteria depois da missa. Sei que o garoto não apareceu, e mais uma vez perdi a esperança.
Quando voltei das férias minha mãe disse que minha avó estava com câncer, que era terminal. Ela morreu e durante o velório meu avô me disse:
- Rezei tanto pra que ela se recuperasse. Rezei todos os dias, várias vezes ao dia, e não adiantou nada...
Monday, January 22, 2007
Coisas simples que emocionam
No dia que cheguei aqui mandei um e-mail para meu pai dizendo que eu estava bem e que mandaria notícias. Ele respondeu pedindo apenas que, se desse, eu visitasse a Tia Dilva, irmã da minha avó. Minha avó faleceu em 1993, mas foi e é muito presente em minha vida.
Ontem, quando visitei minha tia Regina, perguntei a ela se poderíamos ir na tia Dilva, e ela adorou a idéia. A tia Dilva está com cerca de 80 anos, está surda, mas está lúcida. Chegando lá, minha tia disse a ela:
- Tia Dilva, essa é a Raquel, filha do S-T-É-L-I-O!!! - falou gritando pra ela ouvir melhor
- Ah, do Stênio? Tudo bem, querida?
Meu pai tem um irmão chamado Stênio. Imagina: Stélio e Stênio... Quase ninguém confunde... Colocaram, então, o aparelho de surdez na tia e falaram a ela que não era do Stênio, que era do Stélio. Na hora que ela me reconheceu, viu que era a Raquel, o olho dela brilhou e eu me emocionei.
Quando meus pais se casaram, não casaram na igreja, minha mãe não era a nora que minha avó esperava e casou grávida, na época era um absurdo. Mas uma pessoa, a Rachel, filha da tia Dilva, deu muito apoio ao casamento. Então, quando eu nasci, ganhei o nome de Raquel. E foi com "QU" a pedido da própria Rachel, que não gosta de se chamar Rachel com "CH".
Então, ao me reconhecer, os olhos dela brilharam, ela me abraçou e disse:
- Ah, você é a Raquel, a filha mais velha do Stélio e da Cristina!
Mas falou com tanto amor que minha garganta deu um nó.
A vida está aí, nas coisas mais simples, essas são as coisas mais belas.
Wednesday, January 17, 2007
Agenda
Thursday, January 11, 2007
Acredito nisso e não me angustio. Acho a vida muito mais angustiante que a morte. Mas temos a necessidade de dar um sentido à vida, talvez porque nossa massa cinzenta, limitada, não consiga entender nada do que chamamos de universo. Acho que teríamos coisas muito mais interessantes pra viver e pra nos preocupar se não tivéssemos essa vida engessada em ganhar dinheiro, em conseguir vitórias, em mostrar aos outros que somos bons, mas já estamos aqui, não temos muito o que mudar.
Quando Saddam foi enforcado, algumas pessoas gritaram: Vá para o inferno, Saddam! Como somos crianças, não? Acreditamos em céu e inferno, isso é medíocre.
Ontem, também, consolidei uma amizade e adorei conhecer você melhor, Caminhante. Acredito que ainda tenhamos muito pra nos conhecer e conversar. Ontem você me disse uma coisa que está martelando na minha cabeça. Disse que eu tenho 28 anos e não 21 e que não tenho tanto tempo, isso me deixa um pouco noiada, porque tempo não existe, o que existe realmente é o que somos agora, passado é passado, não há o que fazer. Já imaginou se todas as atitudes que gente tomasse fossem baseadas se ainda temos tempo ou não? Tempo não existe, cara amiga, é só algo criado por nossa mente para nos dar um referencial. Por isso digo, vamos atrás de viver o que queremos viver, para que a gente possa ter o melhor momento. Se for pra lutar, vamos lutar por algo que realmente acreditamos.
Tuesday, January 09, 2007
Falta uma semana pra eu me ver livre do meu atual emprego. Estou bem ansiosa quanto a essa mudança na minha vida. Curiosa pra saber no que vai dar. Mas louca pra essa semana voar. Semana que vem já tenho uma exposição numa empresa aqui em BH e vou pra Sampa na quinta ou na sexta.
Mas o apetite eu desisti, acho que não volta nunca mais.
Monday, January 08, 2007
Objetivando 2007
1. Conquistar meu lugar ao sol na nova profissão que escolhi: trabalhar design de jóias e joalheria;
2. Terminar de emagrecer. Emagrecer era um dos objetivos de 2006 que eu conquistei pela metade;
3. Me mudar da casa dos meus pais (na verdade esse é um sonho, mas acredito que não será resolvido em 2007);
4. Fazer novos amigos;
5. Montar meu negócio.
Acho que é isso, não tem muito o que explicar... Vou passar a bola pro Rodrigone e pra Ni.
Sunday, January 07, 2007
Mentira tem perna curta (ou não)
Pode ser que existam erros de português, porque tomei muito café, estou agitada e com muita preguiça de ler antes de postar. Depois eu corrijo.
Há alguns meses atrás encontrei, através do perfil de um amigo, o perfil de um ex-namorado meu no orkut. Preferi fingir que não vi porque ele é um mentiroso daqueles... Já faz muiiiito tempo que namorei com ele, e só fiquei com ele 1 ou 2 meses, e nem sei porque chamo isso de namoro, mas, enfim, algumas coisas eu já esqueci. Porém ontem, ao acessar o orkut, estava lá: Luiz Cláudio te adicionou como amigo... Na hora que fui adicioná-lo pensei: por que não tem a opção "inimigo" ou "falso amigo", algo assim? Deveria ter, não?
Em maio de 2.000 fui a um aniversário de uma vizinha, ela estava fazendo 15 anos, e a festa foi em São José da Varginha, uma cidadezinha próxima à Pará de Minas, que é uma cidade que fica há mais ou menos uns 80 km de Belo Horizonte. Notei que um cara me olhava muito durante a festa, era um cara bonito e um pouco disputado entre as meninas na época. Minha mãe percebeu e me disse: "cuidado com esse cara, ele não presta". Mas vocês já viram alguém seguir conselho de mãe? Já? Eu também já, mas dessa vez eu não segui. Só que naquela festa não aconteceu nada, fui embora pra casa e esqueci do assunto.
Quando foi em meados de julho, um certo dia, enquanto eu esperava ansiosamente um telefonema de um ficante, minha vizinha aparece em minha casa. Chegou toda empolgada, contando que tinha conversado com o primo. Eu nem lembrava do tal primo. Lembrei quando ela disse: meu primo terminou o namoro e me ligou, ele comentou que no meu aniversário olhou muito pra uma menina, e quando ele me descreveu, percebi que estava falando de você, então eu disse que você era minha vizinha e agora ele quer vir aqui te conhecer. Eu nunca gostei desse tipo de encontro manjado, prefiro que as coisas aconteçam naturalmente, mas eu estava mal por causa do cara que não ligou e pensei que poderia me distrair se conhecesse outra pessoa.
Resumindo a história, nos conhecemos e começamos a ficar ou a namorar, sei lá o que foi aquilo. Por mais que as pessoas me alertassem sobre o perigo que eu corria, não dei ouvidos. Sei que durante esse mês ele mentiu pra mim inúmeras vezes. O cara era doente, e eu fui me mancar só mais tarde. Tudo bem, tudo na vida tem algo que levamos de positivo, porém vejo mais coisas negativas que positivas nessa história. Bem, fui percebendo que o cara foi ficando estranho comigo. Ah, como citei acima, ele tinha uma ex-namorada de 4 anos e ela queria voltar. Um belo dia, tento ligar pro celular dele e nada, ele não atende. Tentei umas 3 vezes, até que liguei pra minha amiga, prima dele, e pedi que ela ligasse pra ver se ele atendia. Ele atendeu e disse que estava no shopping, conversando com a ex, e pediu pra minha amiga não me contar nada. Claro que ela me contou, mas pediu pra eu não falar.
Quando foi à noite o indivíduo chegou com uma barra de chocolate pra mim, detalhe que ele tinha aberto e comido a primeira fileira... Não me lembro direito do diálogo, mas foi algo assim:
- Te liguei à tarde, você não atendeu, o que houve?
- Você não vai acreditar... eu estava indo fazer uma prova, concurso da polícia federal, com um amigo... foi quando capotei o carro, mas não aconteceu nada... Eu até tomei soro, olhe meu braço...
- Tá escuro, não dá pra ver - nesse dia tinha acabado a luz aqui em casa.
- Então, fiquei a tarde toda no hospital, aí resolvi passar aqui pra te contar pessoalmente, você ficaria assustada se eu te ligasse...
- Você capotou seu carro?
- Não, o meu amigo que capotou...
Gente, fala sério!!!!!!