Wednesday, September 30, 2009

Ainda bem!

Ainda bem! Ainda bem que eu fui embora e te perdi pela distância... Ainda bem que agora estou salva aqui. E eu não te perdi pra ninguém. Eu te perdi, porque na verdade eu nunca tive. Ainda bem que aqui eu não ouço sua voz e não te vejo todos os dias, ainda bem...

E pensar que eu até acreditei que tinha achado um oásis no deserto, naquele dia que nos conhecemos melhor. Nunca sei se os homens que conheci serviram para me fortalecer ou para me desiludir de vez. E agora vejo você encontrar a "mulher da sua vida" e AINDA BEM que estou bem longe, que assim sinto a dor bem fraquinha no peito. E nem acredito nisso, não acredito mesmo, não há ninguém feito pra ninguém... Nada é eterno, e isso é mesmo o que me consola.

Eu sei, eu não sirvo pra isso, eu faço minhas loucuras, eu me jogo, eu não meço limites, eu sou uma artista e artistas nem existem, representam o tempo todo, e nem sei se essa dor que estou sentindo é mesmo minha. Tenho cansado de representar certas coisas e quero partir para outras, e já é chegada a hora. E ainda bem que já vou me embora.

Saturday, September 26, 2009

De coração para coração

"Mais uma vez bom dia! Com todo respeito, hoje você está muito bonita! As mulheres ficam muito bem quando estão vestidas de branco. Demostra um aspecto agradável...
Mas, escrevi estas palavras, não apenas para lhe elogiar e sim para lhe agradecer mais uma vez pelo consolo qe você me deu naquele dia em que não fui forte o suficiente para conter as minhas lágrimas. No momento em que você pegou nas minhas costas eu senti uma imensa segurança... foi como a mãe fazendo carinho no filho...
O que me ocorre nada mais é do que uma doença psicológica conhecida como depressão. Mas já estou tendo acompanhamento de um profissional e logo estarei livre disso. Hoje estou muito feliz, pois dês de terça-feira eu não tive nenhuma crise. Estou lendo uma revista, e na matéria encontei uma frase de um cientista britânico que diz o seguinte:
"Se acreditarmos que podemos vender, nós venceremos. A confiança é um pré-requisito para a vitória".
Tolice da minha parte, de acreditar que eu nunca seria vítima de doença psicológica... mas agora eu sei que isso é possível e que eu sou um ser humano qualquer, com sentimentos como qualquer outra pessoa.
Nessas horas é que nós percebemos quem são os nossos verdadeiros amigos. Se você quiser ler a fraso do cientista britânico, pode vir à minha máquina. Ela está em cima do meu CPU. Mais uma vez obrigado pela atenção que você me deu! E tenha certeza absoluta de que sou muito grato a isso. Obrigado!"

Fazendo faxina nos documentos da empresa achei essa carta, sem data, sem assinatura e sem destinatário, me apropriei dela, achei fantástica e resolvi colocar no blog. Transcrevi exatamente da forma que o remetente escreveu para não perder a essência. Achei muito linda, gosto de cartas, acho românticas e parece que você está ali, totalmente vulnerável, dizendo "esse estranho aí sou eu".

Sangria Desatada

"Sangria desatada", lembro do meu pai usar essa expressão quando nós, ainda pequenas, sofríamos um pequeno acidente ou qualquer coisa de ruim nos ocorria, porque estávamos ansiosas ou correndo ou brincando. Enfim, sei que me lembrei hoje dessa expressão e, como não escrevo aqui há um tempo, pensei, "por que não fazer um post sobre isso?"

Hoje mesmo, eu, na sangria desatada de puxar a gaveta, acabei quebrando minha unha, que estava ficando linda. Agora sou mais uma mulher sem classe de unhas curtas e vermelhas.

O que você entende sobre "sangria desatada"? Pra mim, sangria desatada é desesperar-se e sair fazendo coisas sem pensar nas consequências, só para fazer logo ou para ficar livre. Meu pai é quase um sábio, as pessoas do interior parecem mais sábias, "perdem" mais tempo lendo livros que não são os da moda, vivem mais devagar, comem frutas, comem devagar, curtem o domingo com tranquilidade. Nós, das grandes cidades, vivemos nessa sangria desatada, corremos pra lá e pra cá e sentimos solidão quando ficamos algumas horas sozinhos.

Ontem li algo no blog da HStern sobre a mulher atual. Diziam que ela cobra muito de si mesma. Uma perfeição inalcansável, não aceita errar, não aceita esquecer, ou seja, vive numa sangria desatada para conseguir seu lugar ao sol, ao lado, ou talvez até à frente do homem, não é?

E o que dizer de alguns donos de empresa que estão sempre ao telefone, reclamando de algum funcionário, sendo grosseiro com as pessoas das quais ele depende? E o que dizer da dona de casa que muitas vezes vive correndo atrás dos filhos novos e vive descabelada, desarrumada e gorda? E o que dizer de nós que vivemos procurando a fama e o reconhecimento no munda da internet? E o que dizer de quem fuma um cigarro atrás do outro?

Estamos sim, numa sangria desatada!

Wednesday, September 09, 2009

Porque era ela, porque era eu...

Ela, motivo de alguns textos meus, viveu intensamente em minha vida há algum tempo atrás, e não faz tanto tempo assim... Hoje é uma data especial. Naquele ano foi comemorada como uma grande data para nós, ríamos, desejei-lhe muitas felicidades. Mas a vida é tonta e nos iludiu, e realmente não foi um ano feliz.
Tenho mágoas sim, mas na verdade tenho mais é saudade. Saudade de quem ela era antes de eu realmente a conhecer. Amiga, doce, bela, engraçada... Tínhamos momentos de muita sintonia, ríamos das mesmas coisas, nos divertiamos tomando café, almoçando. Ai... já não sei mais, agora já acho que sinto realmente mais mágoas que saudade...