Wednesday, January 31, 2007

Pecado é lhe deixar de molho

Composição: Tribalistas

Falados os segredos calam
E as ondas devoram léguas
Vou lhe botar num altar
Na certeza de não apressar o mundo
Não vou divulgar
Só do meu coração para o seu

Pecado é lhe deixar de molho
E isso lhe deixa louco
Não, eu não vou me zangar
Eu não vou lhe xingar
Lhe mandar embora
Eu vou me curvar
Ao tamanho desse amor
Só o amor sabe os seus

Não, eu não vou me vingar
Se você fez questão
De vagar o mundo
Não vou descuidar
Vou lembrar como é bom
E ao amor me render

Assim sem mais

Tenho escrito pouco no blog, nem é por falta de assunto, é mais porque minha vida está dando uma guinada e não sei pra onde estou indo. Não é uma guinada de 360º, viu? hahaha, no máximo de 180...

Mas acontece que eu resolvi viver, aí dançou tudo. Agora eu quero outra vida e não é fácil largar tudo e ir embora. Mas, me analisando melhor, vejo que eu sempre fui assim. Quando eu vejo que não há mais perspectivas, vou embora, com uma mão na frente e outra atrás. Será por que que sou assim? Eu poderia ser mais amena, ir fazendo as coisas aos poucos, mas, sinceramente, não consigo.

"Por que é que não consigo viver feito os demais
Entre álbuns de família, bens, trens, mobília e paz?
Por que é que eu preciso partir
Assim, sem mais?
Quem me dirá,
por que,
por que é que não consigo viver feito os demais?"

Sunday, January 28, 2007

Juro que tentei

Meu amigo me passou uma ajuda do blogger:

http://help.blogger.com/bin/answer.py?answer=41427&topic=8920

Mas mesmo assim eu não consegui... até tentei, mas não apareceu nada. Será a cor do cabelo? =(

Saturday, January 27, 2007

Minha via sacra pelas religiões afora até chegar ao ateísmo - parte 3 - Paqueras na porta da Igreja

Mais uma vez o cenário é Formiga. Agora com meus 13 anos. Foi as últimas férias que passei com minha avó, depois ela adoeceu e morreu, em menos de um ano.

Eu e Juliana, nessa época, éramos como unha e carne. Eu acordava e já ligava pra ela perguntando o que íamos fazer. Andávamos a cavalo, íamos ao clube, passeávamos pela cidade... Um dia ela me chamou pra ir na casa de uns amigos, a gente ia passar lá e depois andar de bicicleta. Quando cheguei lá me encantei pelo amigo dela, que devia ter minha idade mais ou menos. Eu me lembro que ele tinha um cabelo comprido e que tocava violão, mas não lembro seu nome.

Então passeamos o dia todo de bicicleta, fomos nuns sítios mais distantes da cidade. Quando cheguei em casa minha avó estava doida atrás de mim. Deve ter me passado um sermão, não me lembro. A única coisa que eu queria mesmo era saber quando eu encontraria novamente o tal garoto. No dia seguinte era domingo, passei o dia com a Ju, quando deu, mais ou menos, 5 horas da tarde, a mãe da Ju falou pra gente arrumar pra missa. Fiquei meio horrorizada... Missa??? Eu não assistia missa desde que meu avô tinha me levado àquela maldita missa do dia das crianças. Então eu disse à Gisela que eu não costumava ir à missa. E ela disse que era importante.
Foi quando a Ju me deu o toque:

- Missa é legal porque os meninos da cidade vão, a gente fica na porta e pode ficar paquerando...

Aí eu fiquei super feliz, queria escolher uma roupa legal e ir. Enfim ia ver o tal gatinho. Chegando lá, ficamos na porta, e chegaram umas amigas e amigos dela. Ela me apresentava e dizia, quando não estavam olhando, quem era quem: esse é filho do fulano, aquela é vagabunda, fica com todos, aquele ali é o mais gato da cidade, e seguia naquela fofoca. Enquanto isso nada do garoto aparecer. Eu ia embora no dia seguinte. A tal missa, que nem assisti, acabou. E fomos sair, porque todos da nossa idade iam numa sorveteria depois da missa. Sei que o garoto não apareceu, e mais uma vez perdi a esperança.

Quando voltei das férias minha mãe disse que minha avó estava com câncer, que era terminal. Ela morreu e durante o velório meu avô me disse:

- Rezei tanto pra que ela se recuperasse. Rezei todos os dias, várias vezes ao dia, e não adiantou nada...

Monday, January 22, 2007

Coisas simples que emocionam

Estou em São Paulo, não sei se vou embora amanhã ou na quinta. Mas ontem foi um dia bem família, foi bem gostoso, ver pessoas que há muito não se via, mas que se tem intimidade suficiente para fazer desse encontro algo muito bom.

No dia que cheguei aqui mandei um e-mail para meu pai dizendo que eu estava bem e que mandaria notícias. Ele respondeu pedindo apenas que, se desse, eu visitasse a Tia Dilva, irmã da minha avó. Minha avó faleceu em 1993, mas foi e é muito presente em minha vida.

Ontem, quando visitei minha tia Regina, perguntei a ela se poderíamos ir na tia Dilva, e ela adorou a idéia. A tia Dilva está com cerca de 80 anos, está surda, mas está lúcida. Chegando lá, minha tia disse a ela:

- Tia Dilva, essa é a Raquel, filha do S-T-É-L-I-O!!! - falou gritando pra ela ouvir melhor
- Ah, do Stênio? Tudo bem, querida?

Meu pai tem um irmão chamado Stênio. Imagina: Stélio e Stênio... Quase ninguém confunde... Colocaram, então, o aparelho de surdez na tia e falaram a ela que não era do Stênio, que era do Stélio. Na hora que ela me reconheceu, viu que era a Raquel, o olho dela brilhou e eu me emocionei.

Quando meus pais se casaram, não casaram na igreja, minha mãe não era a nora que minha avó esperava e casou grávida, na época era um absurdo. Mas uma pessoa, a Rachel, filha da tia Dilva, deu muito apoio ao casamento. Então, quando eu nasci, ganhei o nome de Raquel. E foi com "QU" a pedido da própria Rachel, que não gosta de se chamar Rachel com "CH".

Então, ao me reconhecer, os olhos dela brilharam, ela me abraçou e disse:

- Ah, você é a Raquel, a filha mais velha do Stélio e da Cristina!

Mas falou com tanto amor que minha garganta deu um nó.

A vida está aí, nas coisas mais simples, essas são as coisas mais belas.

Wednesday, January 17, 2007

Agenda

Como a gente é engraçado, não é? Temos uma agenda para nos programar, vivemos fazendo planos, mas na verdade, quase nunca sai como queríamos. Às vezes acontece de nos surpreendermos, mas na maioria das vezes desejamos mais do que temos e então nos frustramos. Ontem e hoje vou expor minhas bijouterias numa empresa. Não gosto muito de expor, acho chato, e acho que muitas vezes somos desvalorizados, mas acho necessário. Hoje a noite viajo e já tenho quase tudo agendado, lugares que vou frequentar, encontros e o showroom, motivo maior dessa viagem à São Paulo. Volto na terça e já tenho um aniversário. Quarta e quinta vou expor em outra empresa, sexta eu tenho uma colação de grau. E assim segue, a vida programada por uma agenda. Claro que não há como ter certeza se tudo acontecerá como o programado. Na maioria das vezes não. Mas a gente agenda e tenta programar o improgramável que é o futuro.

Thursday, January 11, 2007

Ontem assisti a um filme na TV a cabo, não me lembro o nome, mas fala da história de um tetraplégico que quer ter o direito de morrer. Ele tenta de todas as formas e não consegue autorização para suicidar, até que uma amiga o ajuda a morrer. Lembram dessa história? É uma história real. Mas o que eu achei interessante é que, quando já se está no fim do filme, essa amiga diz a ele que, se houvesse vida após a morte que ele desse ao menos um sinal, ela ficaria antenta. E ele, então, diz a ela que daria sim, mas que não acreditava nisso. Acreditava que era como antes de nascer, um nada absoluto.

Acredito nisso e não me angustio. Acho a vida muito mais angustiante que a morte. Mas temos a necessidade de dar um sentido à vida, talvez porque nossa massa cinzenta, limitada, não consiga entender nada do que chamamos de universo. Acho que teríamos coisas muito mais interessantes pra viver e pra nos preocupar se não tivéssemos essa vida engessada em ganhar dinheiro, em conseguir vitórias, em mostrar aos outros que somos bons, mas já estamos aqui, não temos muito o que mudar.

Quando Saddam foi enforcado, algumas pessoas gritaram: Vá para o inferno, Saddam! Como somos crianças, não? Acreditamos em céu e inferno, isso é medíocre.

Ontem, também, consolidei uma amizade e adorei conhecer você melhor, Caminhante. Acredito que ainda tenhamos muito pra nos conhecer e conversar. Ontem você me disse uma coisa que está martelando na minha cabeça. Disse que eu tenho 28 anos e não 21 e que não tenho tanto tempo, isso me deixa um pouco noiada, porque tempo não existe, o que existe realmente é o que somos agora, passado é passado, não há o que fazer. Já imaginou se todas as atitudes que gente tomasse fossem baseadas se ainda temos tempo ou não? Tempo não existe, cara amiga, é só algo criado por nossa mente para nos dar um referencial. Por isso digo, vamos atrás de viver o que queremos viver, para que a gente possa ter o melhor momento. Se for pra lutar, vamos lutar por algo que realmente acreditamos.

Tuesday, January 09, 2007

Link

Gostaria de colocar o link dos blogs que leio, mas não sei como fazer isso... =S
Alguém me perguntou se o filme Cassino Royale é bom... Eu respondi que eu achava que sim... mas que na verdade só vi perna e bunda, ai ai ai, e um sorrisinho charmoso... Esse comentário é só pra constar.

Falta uma semana pra eu me ver livre do meu atual emprego. Estou bem ansiosa quanto a essa mudança na minha vida. Curiosa pra saber no que vai dar. Mas louca pra essa semana voar. Semana que vem já tenho uma exposição numa empresa aqui em BH e vou pra Sampa na quinta ou na sexta.

Mas o apetite eu desisti, acho que não volta nunca mais.

Monday, January 08, 2007

Objetivando 2007

Essa pessoinha maluca sempre lembra de mim na hora de passar a bola dessas correntes de blog. Então, mais uma vez, lá vou eu fazer uma lista das 5 coisas que objetivo para 2007. Jurei pra mim mesma que não ia fazer mais isso, pois no ano passado, das 3 coisas que objetivei, cheguei a conquistar pela metade 2. Mas tudo bem, vamos lá:

1. Conquistar meu lugar ao sol na nova profissão que escolhi: trabalhar design de jóias e joalheria;

2. Terminar de emagrecer. Emagrecer era um dos objetivos de 2006 que eu conquistei pela metade;

3. Me mudar da casa dos meus pais (na verdade esse é um sonho, mas acredito que não será resolvido em 2007);

4. Fazer novos amigos;

5. Montar meu negócio.

Acho que é isso, não tem muito o que explicar... Vou passar a bola pro Rodrigone e pra Ni.

Sunday, January 07, 2007

Mentira tem perna curta (ou não)

Nunca pensei em contar essa história por aqui, mas ontem aconteceu uma coisa que me fez lembra-la e, como eu estava de passagem pela net e sem tempo, disse à minha amiga Eny que relataria com calma mais tarde. Como agora faço.

Pode ser que existam erros de português, porque tomei muito café, estou agitada e com muita preguiça de ler antes de postar. Depois eu corrijo.

Há alguns meses atrás encontrei, através do perfil de um amigo, o perfil de um ex-namorado meu no orkut. Preferi fingir que não vi porque ele é um mentiroso daqueles... Já faz muiiiito tempo que namorei com ele, e só fiquei com ele 1 ou 2 meses, e nem sei porque chamo isso de namoro, mas, enfim, algumas coisas eu já esqueci. Porém ontem, ao acessar o orkut, estava lá: Luiz Cláudio te adicionou como amigo... Na hora que fui adicioná-lo pensei: por que não tem a opção "inimigo" ou "falso amigo", algo assim? Deveria ter, não?

Em maio de 2.000 fui a um aniversário de uma vizinha, ela estava fazendo 15 anos, e a festa foi em São José da Varginha, uma cidadezinha próxima à Pará de Minas, que é uma cidade que fica há mais ou menos uns 80 km de Belo Horizonte. Notei que um cara me olhava muito durante a festa, era um cara bonito e um pouco disputado entre as meninas na época. Minha mãe percebeu e me disse: "cuidado com esse cara, ele não presta". Mas vocês já viram alguém seguir conselho de mãe? Já? Eu também já, mas dessa vez eu não segui. Só que naquela festa não aconteceu nada, fui embora pra casa e esqueci do assunto.

Quando foi em meados de julho, um certo dia, enquanto eu esperava ansiosamente um telefonema de um ficante, minha vizinha aparece em minha casa. Chegou toda empolgada, contando que tinha conversado com o primo. Eu nem lembrava do tal primo. Lembrei quando ela disse: meu primo terminou o namoro e me ligou, ele comentou que no meu aniversário olhou muito pra uma menina, e quando ele me descreveu, percebi que estava falando de você, então eu disse que você era minha vizinha e agora ele quer vir aqui te conhecer. Eu nunca gostei desse tipo de encontro manjado, prefiro que as coisas aconteçam naturalmente, mas eu estava mal por causa do cara que não ligou e pensei que poderia me distrair se conhecesse outra pessoa.

Resumindo a história, nos conhecemos e começamos a ficar ou a namorar, sei lá o que foi aquilo. Por mais que as pessoas me alertassem sobre o perigo que eu corria, não dei ouvidos. Sei que durante esse mês ele mentiu pra mim inúmeras vezes. O cara era doente, e eu fui me mancar só mais tarde. Tudo bem, tudo na vida tem algo que levamos de positivo, porém vejo mais coisas negativas que positivas nessa história. Bem, fui percebendo que o cara foi ficando estranho comigo. Ah, como citei acima, ele tinha uma ex-namorada de 4 anos e ela queria voltar. Um belo dia, tento ligar pro celular dele e nada, ele não atende. Tentei umas 3 vezes, até que liguei pra minha amiga, prima dele, e pedi que ela ligasse pra ver se ele atendia. Ele atendeu e disse que estava no shopping, conversando com a ex, e pediu pra minha amiga não me contar nada. Claro que ela me contou, mas pediu pra eu não falar.

Quando foi à noite o indivíduo chegou com uma barra de chocolate pra mim, detalhe que ele tinha aberto e comido a primeira fileira... Não me lembro direito do diálogo, mas foi algo assim:

- Te liguei à tarde, você não atendeu, o que houve?
- Você não vai acreditar... eu estava indo fazer uma prova, concurso da polícia federal, com um amigo... foi quando capotei o carro, mas não aconteceu nada... Eu até tomei soro, olhe meu braço...
- Tá escuro, não dá pra ver - nesse dia tinha acabado a luz aqui em casa.
- Então, fiquei a tarde toda no hospital, aí resolvi passar aqui pra te contar pessoalmente, você ficaria assustada se eu te ligasse...
- Você capotou seu carro?
- Não, o meu amigo que capotou...

Gente, fala sério!!!!!!