Wednesday, January 19, 2005

Soneto da Separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente

*Dedicado a um amigo que se encontra nessa situação difícil.

É tão estranho imaginar que um grande amor acaba assim, sem mais nem menos, que o tempo estraga tudo, corrói e destrói os sonhos. Sonhamos em viver juntos com nosso amor, em ser um só. Mas todos que se casam nos dizem pra não fazer isso, que o casamento é o início do fim. Porém deve haver pessoas que se dão bem no casamento, não é possível. Acredito que todo relacionamento duradouro nos dias de hoje é uma espécie de casamento, pois há responsabilidades, há parceria, há sexo. Antes havia uma grande diferença, a mulher tinha que casar virgem, tinha que se "guardar" para o casamento. Hoje acredito que o motivo pra se casar ou está nos filhos ou está na pura união, na vontade de sair da casa dos pais e viver com alguém que não seja só um amigo, seja um parceiro.
Devemos analisar o tipo de namoro antes de se casar, pois se for um namoro onde há muitas discussões turbulentas, onde um não respeita o ponto de vista do outro, pra que estar junto? Pra não ficar só? Que bobagem, pois nascemos e morreremos sozinhos. Namoro é parceria, é um torcer para o outro, ajudar, dar conselhos e o mais importante, sentir vontade de ficar junto, de estar por estar, de passar horas olhando nos olhos ou abraçados. A vida é curta e não vale a pena se prender, não faça do seu namoro uma prisão. Quando ele ou ela te disser não vá a esse lugar, não converse com tal pessoa, exija um sentido pra esse pedido e, se não houver porquê, faça do seu jeito, pois se a pessoa te conheceu assim foi assim que ela gostou, não mude por ninguém, seja você mesmo!

Que Deus me Acompanhe!

Hoje acordei fora de casa, mas o sentimento é bom. Um tempo pra sumir, pra me sentir... Não sei o que quero fazer da minha vida daqui por diante e está cada vez mais difícil pois o tempo vai passando e sinto que não conquistei nada ainda. Claro que conquistei, mas me sinto mal pois não gosto de minha profissão e não vejo outro modo de viver se não através dela. Por um tempo me iludi com outras coisas, mas agora vejo que tenho que tomar uma decisão.
Continuarei cantando e vou investir nisso também, mas infelizmente vai ter que ficar pra segundo plano. Quanto a montar uma empresa fica pra um futuro, quem sabe daqui a 10/15 anos quando estiver com dinheiro e experiência. Porém adoro estudar e acredito que um mestrado me fará muito bem, acho que serei uma professora interessante. Agora que tenho certeza vou seguir adiante e que Deus me acompanhe!

Tuesday, January 18, 2005

Garibaldo

Foi uma segunda chuvosa, pela manhã, quando Denise se lembrou de colocar seu passarinho na varanda pra tomar um ar. Aquele bichinho cantava muito e chamava atenção da vizinhança. Seu nome: Garibaldo.
Garibaldo era o xodó de todos na casa da Val, todo mundo colocava ele na varanda, dava comida e água. Tinha vários apelidos e alegrava o apartamento com sua cantoria.
Mas aquela manhã não era como todas as outras, era triste e fria, chuvosa. Denise via televisão quando ouviu Garibaldo piar de maneira estranha, desesperado. Quando ela correu pra varanda havia, abraçado à gaiola, um enorme gavião. Ela se desesperou mas teve medo do bicho, chamou o porteiro, mas quando chegou Garibaldo já havia sido brutalmente assassinado. Fazer o quê? É a vida.
O porteiro pegou o passarinho e levou embora, o gavião voltou pra comer sua presa, viu Denise e a encarou, fez uma cara de mau e voou. Ela chorou como uma criança e a cena ia e voltava em sua mente.
- Pobre Garibaldo!

Tuesday, January 04, 2005

Nada de palavras sábias por hoje

Bom, ontem assisti ao filme Shall We Dance e adorei. Mas gostei mesmo da parte em que o marido diz a esposa que sempre a viu tão feliz ao lado dele que tinha vergonha de falar que às vezes era infeliz, pois não queria ferir quem ele sempre admirou.
Fiquei pensando que às vezes sinto o mesmo, em relação a tudo, mas acredito que essa infelicidade venha de dentro, talvez por fazer algo que não goste, ou por não realizar um sonho, sei lá o porquê. Sei que vou passar a observar quando não estou gostando, pra tentar mudar ao invés de reclamar.
Quando nos sentimos assim o problema não é exterior... é dentro que não há espaço.

Saturday, January 01, 2005

Primeiros Momentos de 2005

Primeiro Abraço: Meu namorado
Primeiro beijo: Meu namorado
Primeiras pessoas que desejei um feliz ano novo: Bárbara, Marco, Flávia, Paula, kleider e Renato
Primeiro sentimento: emoção e alívio por me livrar de 2004
Primeira visão: Fogos de artifício e a lagoa
Primeira música: "Adeus Ano Velho, Feliz Ano Novo"...
Primeira foto: com a turma
Primeiro copo: Nova Schin
Primeira comida: cachorro quente
Primeiro show: Bartucada!!!

Feliz Ano Novo!!!