Thursday, November 16, 2006

Pessoas com comportamento bipolar

Bom, tem uma pessoa que anda por aí me difamando, me chamando de nota de 3 (pra quem não entende a gíria, nota de R$3,00, que não existe, ou seja, é falsa). Só que acontece que quando encontro com essa pessoa, numas vezes ela sorri pra mim, conversa, quer saber da minha vida, como estou, conta piada, etc, em outras nem fala 'oi' direito pra mim. Já percebi que ela tem variações de humor de acordo com a companhia. Quando ela está com o namorado, que é meu amigo, ela me trata bem, mas quando está com suas amiguinhas ela ignora a minha presença.

Ontem falei com minha mãe: mãe, fulana é louca, hoje encontramos e ela foi a mais gente boa do planeta, vai se entender.
Minha mãe, que estuda psicologia, disse que ela pode ter transtorno bipolar. Fui ao google fazer uma breve pesquisa, como todas as que fazemos por ele. Resolvi ler e fazer um resumo pra vocês entenderem.

Transtorno Afetivo Bipolar
O que é?

O transtorno afetivo bipolar era denominado até bem pouco tempo de psicose maníaco-depressiva. Esse nome foi abandonado principalmente porque este transtorno não apresenta necessariamente sintomas psicóticos, na verdade, na maioria das vezes esses sintomas não aparecem. Com a mudança de nome esse transtorno deixou de ser considerado uma perturbação psicótica para ser considerado uma perturbação afetiva. A alternância de estados depressivos com maníacos é a tônica dessa patologia. Muitas vezes o diagnóstico correto só será feito depois de muitos anos. Uma pessoa que tenha uma fase depressiva, receba o diagnóstico de depressão e dez anos depois apresente um episódio maníaco tem na verdade o transtorno bipolar, mas até que a mania surgisse não era possível conhecer diagnóstico verdadeiro. Mania, em psiquiatria, significa um estado exaltado de humor que será descrito mais detalhadamente adiante.

Características:
O início desse transtorno geralmente se dá em torno dos 20 a 30 anos de idade, mas pode começar mesmo após os 70 anos. O início pode ser tanto pela fase depressiva como pela fase maníaca, iniciando gradualmente ao longo de semanas, meses ou abruptamente em poucos dias, já com sintomas psicóticos o que muitas vezes confunde com síndromes psicóticas. Além dos quadros depressivos e maníacos, há também os quadros mistos (sintomas depressivos simultâneos aos maníacos) o que muitas vezes confunde os médicos retardando o diagnóstico da fase em atividade.

Exemplo de como um paciente se sente...Ele se sente bem, realmente bem..., na verdade quase invencível. Ele se sente como não tendo limites para suas capacidades e energia. Poderia até passar dias sem dormir. Ele está cheio de idéias, planos, conquistas e se sentiria muito frustrado se a incapacidade dos outros não o deixasse ir além. Ele mal consegue acabar de expressar uma idéia e já está falando de outra numa lista interminável de novos assuntos. Em alguns momentos ele se aborrece para valer, não se intimida com qualquer forma de cerceamento ou ameaça, não reconhece qualquer forma de autoridade ou posição superior a sua. Com a mesma rapidez com que se zanga, esquece o ocorrido negativo como se nunca tivesse acontecido nada. As coisas que antes não o interessava mais lhe causam agora prazer; mesmo as pessoas com quem não tinha bom relacionamento são para ele amistosas e bondosas. (essa é a parte que mais se parece com essa pessoa da qual estou falando)

Qual a causa da doença?
A causa propriamente dita é desconhecida, mas há fatores que influenciam ou que precipitem seu surgimento como parentes que apresentem esse problema, traumas, incidentes ou acontecimentos fortes como mudanças, troca de emprego, fim de casamento, morte de pessoa querida (ela perdeu o pai quando era criança, mas não sei se tem a ver). Em aproximadamente 80 a 90% dos casos os pacientes apresentam algum parente na família com transtorno bipolar.

Agora paira a dúvida no ar, será ela uma bipolar ou uma falsa que só quer aparecer???

1 comment:

Don Rodrigone said...

tem gente que realmente tem problema... tem gente que realmente é apenas fdp mesmo... lembra aquele lance da inveja?