Tuesday, December 07, 2004

Mesmo sabendo que a vida nos engana, mesmo sabendo que a Opala não é plana...

"Quando eu disse a ela que o amor passou
A cidade levemente flutuou
Ondas amarelas na Contorno cheia
A cidade simplesmente me odeia"

Um casal de amigos meu terminou o namoro. Hoje, pela manhã, ouvi essa música e achei muito parecida com a situação deles. Porém não vou falar sobre eles, e sim de como é difícil terminar um relacionamento de muitos anos, seja um casamento, um namoro ou mesmo uma amizade.

O que fazer quando alguém já não corresponde a suas expectativas sobre um relacionamento? Devemos afastar ou devemos tentar o diálogo? Tive um amiga de muito anos e de repente, olho para o lado, e cadê? Não sei! Mesmo parecendo frieza, não senti sua falta antes, se tivesse sentido acredito que não teria chegado a esse ponto. Me desculpe, amiga, se você estiver lendo isso, é apenas um desabafo! Claro que fiquei chateada, claro que gostaria que tudo fosse como antes, mas mudamos e nem sabemos o porquê. Acredito que a vida seja feita de encontros e desencontros, sendo eles em horas adequadas ou não. Se o interesse acaba, se já não há mais motivos para seguir juntos, pra que continuarem amigos? Poderia dizer milhões de coisas aqui, coisas que a deixaria magoada, mas não posso, não quero.

Pensei também na morte, a morte das pessoas vem na hora certa ou errada pra nós também. Um amigo que não se vê há muito tempo morre, ficamos tristes, chateados, mas não sofremos tanto como as pessoas que têm um convívio frequente com ele. Acredito que se o Sérgio morresse hoje, eu sofreria menos, mas quando ele morreu aquilo foi a coisa mais difícil que já enfrentei, qualquer término de namoro fica fácil perto dessa situação.

Me tornei com o passar do tempo uma pessoa muito independente, com opnião muito bem formada e com personalidade forte. Pessoas assim nem sempre são bem vindas, principalmente entre pessoas que não precisam pensar, que já têm, de certa forma, as coisas prontas para serem usadas. Não me vanglorio de minha personalidade, mas a aceito e a admito como sendo eu. A verdade é que durante a adolescência e início da vida adulta queremos muito agradar, queremos andar na moda, não andamos muito na contramão... e eu não, sou defensora dos mais fracos, ando sempre na contramão da vida e não gosto de pessoas que seguem a corrente sem saber pra onde estão indo, vivem às cegas achando que não sofrerão. Talvez a pessoa inconsciente sofra bem menos, ela não questiona, não luta. Porém prefiro a dor, prefiro a reflexão, são elas que me fazem evoluir. Não esperem que eu "puxe o saco" de alguém que isso é a última coisa que irei fazer!

"O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê
Nem ver quando se pensa".

1 comment:

Anonymous said...

Oi Quel,
Estou lendo seu blog... tem muita coisa que vc disse hoje com que eu concordo plenamente, não podemos nos deixar levar pela vida. Hoje sou muito mais feliz porque sei o que eu quero, sei para onde vou, do que eu gosto, e sabe de uma coisa? Azar de quem não gostar... não gostar de mim ou do jeito que eu sou.
Beijocas
da prima Flá