Quem se importa?

Me rasgando, me condoendo, morrendo de novo e afinal, quem quer saber? Essa ditadura do feliz, do bem-afortunado, do não falar coisas negativas. Mais uma vez e quer saber? Dessa vez eu vou ir fundo na minha dor porque é a única tentativa de curá-la. Sei que virão outras, mas por tantos e tantos anos eu engoli esse pranto que agora eu vou ter que chorar. Sendo ruim ou bom, ficando chata ou não, já não vou mais me importar com o que pensam de mim. Necessidade de só fazer o que sinto vontade, de só viver o que quero, de ser verdadeira, sincera... Tão tardiamente a maturidade bate na porta e eu sinto que vou me sufocar, que estou afundando, mas deve ser mesmo só uma época de treva, de escuridão. Em um segundo minha vida mudou, sou outra Raquel, talvez mais bonita, mas por enquanto mais triste também.