Friday, January 18, 2008

Não queria, mas é assim que acontece...

Viver amores ardentes... Já não lhe apetece. Sabe curtir sua solidão, a mais doce e delicada solidão... A solidão que existe em ler um bom livro, ou assistir um bom filme. Não que não lhe agrade a presença de alguém, mas ela quer mais. Quer um amor que divida com ela de verdade as coisas que ela gosta de fazer, quer conhecer também o que ele gosta, mas sente que os gostos devem ser o mais parecidos possíveis. Um sábado à noite em casa com um bom jantar, um almoço de domingo, uma boa conversa, uma caminhada no parque, um vinho tinto... Há tempos que não curte uma noitada, em bem da verdade, nunca curtiu, e agora, com quase trinta anos, não acredita que vai achar um amor ali. Não quer a companhia de alguém que a ame tanto que a sufoque. Acredita na individualidade, saberia dividir uma vida, está pronta para viver até um casamento, mas com liberdade, com confiança. Ainda tem fé de achar essa pessoa, já não sente prazer em ter alguém só pra não ficar só. Curte a mais deliciosa solidão, a solidão que há no existir. Mas o tempo vai passando e ela pensa que não vai achar nunca essa pessoa. Vê que existe um certo desespero, as pessoas gostam de relacionamentos superficiais. Ela não quer, prefere sua solidão. Mas quando percebe, está viajando, imaginando a vida que ainda não vive, e não acha isso bom. Ela está bem, mas quer realmente esse alguém e sente que, a cada dia, fica mais difícil de achar.

1 comment:

Eros said...

Com muita fé e parcimônia vamos seguindo em frente. :)