Naquele dia de sol, João pegou seu barco e foi navegar, o dia estava lindo, um mergulho não seria nada mal. Pula na água, as ondas do mar estão bem calmas. Foi nadando, nadando, mas, como as coisas mudam, de repente, chegou uma tempestade.
Pensou em voltar para o barco, mas já era tarde, o barco estava distante, ele se distraiu nadando. Foi então que teve que dar braçadas em meio a ondas gigantescas, o barco cada vez mais longe. Pelo menos ele tinha um colete salva-vidas. A tempestade fez o céu escurecer mais cedo, e ele perdeu o barquinho de vista. Tentou nadar para o litoral, desesperadamente, sua angústia aumentava, engoliu água, estava tudo escuro, teve fobia. Ondas e mais ondas, agora não conseguia dar grandes braçadas, estava esgotado, exausto.
Então abriu os olhos, agora já não tinha mais nada... nada de ondas, de água, de barco, de escuridão, nem o colete estava com ele, só a dor que aumentara. Aquela dor que nos aprisiona desde o primeiro dia de vida e que, gradualmente, aumenta no peito. Dor cruel, laciva, impossível de não doer. A dor de perder.
2 comments:
Nossa, RAquel ! Acho que já dá para juntar vários dos seus textos e lançar um livrinho, hein? Esta se saindo uma ótima contista! Adorei...
E ele que não quer mais ser um vencedor, leva a vida devagar pra não faltar depois!
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