Wednesday, February 28, 2007

Segredos que as mulheres não revelam aos homens

...

Eu não seria a primeira a contar...

Friday, February 23, 2007

Pessoal, vocês tem que me dizer pra quê eu devo manter meu blog online. Porque ando pensando seriamente em deletá-lo.
Então enumerem de 1 a 3 os motivos que pra vocês eu deveria mantê-lo.

Wednesday, February 14, 2007

Infinito Particular



Eis o melhor e o pior de mim


O meu termômetro, o meu quilate
Vem cara, me retrate

Não é impossível
Eu não sou difícil de ler

Faça sua parte

Eu sou daqui e não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta-bandeira de mim

Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular

Em alguns instantes

Sou pequenina e também gigante
Vem cara, se declara

O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder

Olha minha cara

É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo

A água é potável
Daqui você pode beber

Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular

Composição: Arnaldo Antunes, Marisa Monte, Carlinhos Brown

Monday, February 12, 2007

Seu Agenor, véio de guerra

Um aparelho digestivo de quase 100 anos! 97 anos de teimosia... Ontem a hemorragia começou. E no hospital ele era o centro das atenções. "Num tô doente não, isso aqui é o quê? Um hospitar? Mas é espírita? Não? Mas eu num tô com dor de cabeça, num tô com dor de barriga, comi bem... vam'embora, num tô doente não!". Toda hora perguntava onde estava... meu tio dizia que era no hospital... "hospitar??? num tô doente não"... a noite inteira a mesma coisa.

Os médicos desconfiam de um tumor no estômago. Mas seja o que for, tem uma hora que a gente tem que ir embora mesmo.

Ele é uma peça rara. Outro dia o encontrei, ele estava deitado, agora quase sempre está deitado no sofá. A moça que toma conta dele fala:

- Seu Agenor, hoje é sábado e você tomou banho na quinta. Vamos tomar um banho?
- Hein??? Banho??? Não, eu só tomo uma vez no mês.
- Credo seu Agenor!
- Só tomo banho dia 1º.
- Mas hoje é dia primeiro.
- Hein?
- MAS HOJE É DIA PRIMEIROOO
- Ah é? Sei...
- Vamos tomar banho?
- Depois...

Sempre na teimosia...

- Hoje é aniversário de quem? - pergunta seu Agenor
- Hoje é Natal, vô. - respondo
- Natarrr?? - e olha pro relógio de pulso que já está parado há tempos...
- Nunca vi Natar em março. *desdém
_________

- Nós estamos em dois mir?
- D-O-I-S M-I-L E S-E-T-E! - respondem pausadamente pro velhinho ouvir
- hein? 2007?
- é, vô!
- Uai, eu sou de nove, tô com 97!!
- é isso aí
- Mas sabe que eu não me acho velho...
_________

- Hoje é aniversário de quem?
- é seu, vô!
- Meu? Nós estamos em dois mir??
- Não vô, 2009!
- Uai, tô fazendo 100 anos!
- Isso vô!!! Parabéns!!! Ae gente, vamos cantar parabéns pro Vô Genor que tá fazendo 100 anos!!!
- AEEEEEEEEEEEE!!!!!!!!
__________

O bom do Alzheimer é isso... ele já fez 100 anos uma pancada de vez, se morrer antes, pelo menos comemorou! E vocês tem que ver como ele fica feliz quando a gente fala que ele chegou ao centenário!!!

Sunday, February 11, 2007

Dia de luz, festa do sol e falta de paciência!!!

Um ambiente inóspito! A mãe canta desafinadamente: "sentimental eu soooouuuu, eu sou demaaaaaisss"... o pai ouve alguma música instrumental e assovia junto com a melodia. Isso tudo ao mesmo tempo. Ela tenta colocar um fone de ouvido e escutar outra coisa. Mas anda muito sem paciência e preferiria estar bem longe. Nada de cachorro, bagunça, dividir o computador... nada de telefonemas quando não se quer atender... sem cobranças, sem palavras, ela não quer falar. E todos cobram dela paciência. Coloca o fone de ouvido e a música no último volume, porque a mãe começou a cantar: "eu viviaaaa, isolado no mundoooo, quando era um vagabundooo". E não tava a fim de ouvir isso, anda preferindo furar os tímpanos!

Thursday, February 08, 2007

Blá Blá Blá

Segunda estava sentada no bar, os amigos conversavam, tudo ia bem até que surgiu o assunto BBB... Boiei na mesa e as pessoas diziam que fulano era ingênuo e ciclano era esperto e malicioso, e falavam como se estivessem falando de seus vizinhos ou familiares. Nossa, eu achei que a Flávia (me lembro desse nome) fosse mais burrinha, mas ela se mostrou muito inteligente com aquela jogada... E assim foi, achei um amigo que também não entendia do assunto e fiquei falando de outras coisas.
Ontem uma amiga me chama pra almoçar. Estava ela, duas amigas e eu. Adivinha que assunto surgiu? Big Bosta novamente! Não é possível, boiei mais uma vez, disse que não assistia. Uma delas falou: nossa, não perco de forma alguma. Como se esse programa fosse algo muito útil na vida dela, que ela não conseguisse viver sem.
Aí eu me pergunto: que sociedade é essa? Agora entendo o tanto de gente que conheço suicidando, essa vida anda sem sentido demais pra eles.
Depois de tudo o papo pulou pro fim da novela! Aí foi dureza! Novela ou BBB??? A morte era melhor!

Tuesday, February 06, 2007

Amigos que lêem a nossa alma.

No dia que voltei de São Paulo tudo tinha mudado. Mas não para as pessoas que me encontravam. Todas perguntavam como fui de viagem, o que tinha feito, onde fui. Meu pai já me buscou na rodoviária falando mal de Minas Gerais. Ele é meio rabugento, mas tem razão. Então falou comigo: entende agora porque eu xingo essa merda de estado?

Sei que cheguei, fui tomar um banho e me arrumar pra sair. Tinha o aniversário de uma amiga numa boate. Estava cansada da viagem, mas acho que estava mais cansada ainda da vida que andava levando. Chegando lá, uma grande amiga minha, Carol, me perguntou como eu estava, viu que eu estava diferente. Era difícil olhar no olho dela, parecia que ela estava me vendo por dentro. Me perguntava o que eu tinha, o que tinha acontecido e eu respondia que estava cansada da viagem, mas não era verdade.

Ontem nos encontramos, eu, nos meus últimos momentos da minha vida passada, no meio dessa estranha transição e ela, que não parava de me olhar de forma diferente. Até que, estávamos conversando, eu contei a triste história da minha vizinha que morreu essa semana, na minha frente. Essa história fez com que eu visse que o que eu tenho que enfrentar são coisas da vida. Mas que eu não posso continuar como estou. Aí eu disse a ela que tinha outras coisas também e que eu estava em crise. Segue abaixo o resto do diálogo:

Carol: eu sei que você está em crise, percebi.
Eu: Mas hoje até que estou bem. O que você acha?
Carol: Acho que você está fazendo um tremendo esforço pra ficar bem.
Eu: Filha da puta! Como que você sabe disso?!

E demos algumas gargalhadas.

Thursday, February 01, 2007

E assim ela se foi, nem de mim se despediu

A idéia da morte ainda fresca na memória. O receio de escrever. Sofrimento? Não, talvez alívio. A grande amiga já sofria bastante. Precisava ir.
Ver partir dói. Mata um pouco a gente. Tinha que fazer uma homenagem a uma pessoa que sempre torceu por mim. Amiga, alegre, quase mãe. Me lembrarei dos segredos, das histórias, de todo o sofrimento. Me lembrarei de você com carinho. Quase sogra também.
Tantas coisas compartilhadas... Mas você adoeceu, eu cuidando muito da minha vida, nem percebi você partir. Você deu sinais, eu não quis ver. Mas é isso, não sentirei culpa, a vida é assim, às vezes nos afastamos das pessoas amigas, por um motivo ou outro. Mesmo que esse motivo seja falta de interesse, e mesmo que eu me exponha muito dizendo uma coisa dessas.
Quero apenas dizer que foi um prazer tê-la como amiga e vizinha.